Tempos depois, com a faculdade de Marketing, as cores foram criando vida. Do cinza, fui aos poucos, para algo mais colorido.
Mas ainda tinha algo que faltava, não era ainda o arco-íris.
Uma idéia sempre me acompanhou durante toda a vida adulta: ter um negócio próprio que me trouxesse prazer e contato com pessoas. Sim, pessoas e mais pessoas. Gosto de gente, de conversar e assimilar tudo o que os outros podem ter de bom e benéfico.
O negócio em si? Cosméticos. Esse era o ideal. A-MO cosméticos, aromas, perfumes, shampus e similares.
Bem, acho que não sou tão diferente do resto das mulheres..
A oportunidade surgiu ano passado, quando vi e mais importante ainda, ENXERGUEI a Rosa Vaidosa numa casa ainda no cimento, no Panamby. Foi amor à primeira vista.
O bairro que tanto gosto e abracei como meu, tinha em meio as suas pequenas ruas, uma casa novinha, pronta para ser o sonho de outrora.
E a casa cresceu, criou vida própria com as pessoas que entram, conversam, dão sugestões, riem comigo, sentem aromas, abrem caixas, admiram novidades, passam e caminham por entre as paredes rosas da minha querida e mimada boutique.
Tem dias que a maquiadora chega e aí é uma outra estória. Quando as portas do curso de auto-maquiagem se fecham, as luzes dos camarins se ascendem. Aquelas que chegaram como simples mulheres curiosas sobre o universo da beleza, saem depois da aula, como estrelas. Sentem-se seguras, lindas, e transmitem essa beleza e auto-estima sem nem perceber.
Mas eu percebo. Percebo e sorrio por dentro de satisfação e felicidade. Por um dia, sei que a Rosa Vaidosa transformou sonhos em realidade.
Posso hoje em dia dizer, sem relutar, que a minha vida não é mais cinza.
Minha vida é cor de rosa. As cores da Rosa Vaidosa correm em minhas veias, transitam em meu coração e expiram a satisfação do sonho alcançado.
Espero que todos possam ter essa cor dentro de si. Esse é o meu maior desejo e conselho:
Mudem de cor!
Beijos Vaidosos,
Cecília Trigueiros
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